SOBRE A POLICIA PARAGUAIA

Postado em: 10/12/2011 | Categoria: Fica a Dica
Diário de Motocicleta

No Paraguai entramos por Salto Del Guairá e saímos por Mayor Infante Rivarola do outro lado do país depois de rodar cerca de 1.200 km em 4 dias.

Em Salto Del Guairá a “Migración” e Aduana são feitas no mesmo local – não me recordo o nome da rua, mas, uma vez situado na Av. Paraguay, siga as placas que indicam a balsa.

Os trâmites foram rápidos, nos foram exigidos identidade, documento da moto e RG... mais nada, e depois de 10 minutos fomos liberados com o “Permisso” – visto que nos autoriza a entrar no país, bem como autorização para o veículo rodar. Não pagamos qualquer taxa ou propina.

Ao sair da cidade já entramos na Ruta 10 e em poucos km fomos parados por dois policiais que nos pediram documentos e, muito curiosos quiseram saber da nossa viagem e tudo mais... resumindo, ficamos uns 20 minutos conversando,tirando fotos, trocando adesivos e tomando dicas sobre as estradas... infelizmente uma delas era seguir naquela Ruta até Asunción, o que nos levaria direto para Emboscada.

Emboscada é uma cidadezinha há cerca de 30 km da capital Paraguaia onde a estrada acaba em uma praça bifurcada... ali existe um posto de controle policial que só serve para extorquir dinheiro dos viajantes - se você for estrangeiro e estiver de moto, se prepare.

Depois que fomos parados, em pouquíssimos segundos estávamos autuados sob a alegação de excesso de velocidade – pegos num radar inexistente, faróis apagados – quem tem Suzuki sabe que os faróis são automáticos e acendem quando ligamos o motor – enfim...

Inicialmente a multa era de G20.000,00 (Vinte Mil Guaranis) que não dava R$8,00, mas ao me dirigir para cabine, passei por outro oficial que autuava meu companheiro de viagem e o mesmo com a carteira aberta lhe passava G500.000,00 – o que aumentou minha multa assim que passei por eles - agora o oficial declarava que eu devia G560.000,00.


UMA DICA IMPORTANTE – se for passar por Emboscada, deixe na carteira não mais que R$10,00. Se disserem que terás que pagar G1.500.000,00 na prefeitura, peça o boleto de multa e diga que irá lá pagar... Eles afinam logo, pois não existe multa deste valor atribuído a apenas um condutor. Alegue que viaja com “targeta” que é cartão de crédito e se possível exija “ticket” que é o recibo.


Voltando a nossa epopéia, na cabine mostraram uma tabela que super faturou nossa multa para um milhão e meio de Guaranis (mais de R$900,00) e depois de muito “não temos dinheiro”, saquei G200.000,00, meu outro parceiro fez o mesmo e ficamos acertados em G900.000,00 – cerca de R$380,00 na época (AGO/2011).

Solicitamos recibo e saímos de lá com vontade de deixar o Paraguay no mesmo instante, mas tínhamos o país inteiro para cruzar.

No dia seguinte, como comentamos no nosso relato do 10º dia de Viagem – passeios em Asunción, fomos até a Embaixada do Brasil prestar queixa, mas sabemos que não vai acontecer nada – infelizmente.

Depois deste episódio, cruzamos o país sem sermos parados novamente pela Polícia Caminera e só voltamos a ver um oficial na Migração e Aduana em Mariscal José Félix de Estigarríbia... no chaco Paraguaio no meio do nada... cerca de 150 km antes de sair para o Sul da Bolívia. Nesta ocasião mais uma vez não houve cobrança de taxas ou propina, o que alegrou ainda mais a nossa saída deste país ao qual não pretendemos voltar.

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