Entenda o Proj. Antes do Fim do Mundo... e um pouquinho além.

Você ceramente se lembra que o mundo ia acabar em 2012 por conta do Fim do Calendário Maia, certo? Então, qual era a melhor época para ir até o Fim do Mundo?
Com essa sacada, eu e a Elda partimos rumo ao Ushuaia em meados de Dezembro de 2012, carregados de ansiedade em cruzar a Patgônia e ver o Pôr do Sol no dia 22 de Dezembro - Dia do Fim do Mundo, en directo del Fin del Mundo.
Acontece que na altura de Floripa a Elda adoeceu, o que nos fez voltar para casa para deixa-la
No dia seguinte voltei para estrada afim de cumprir os contratos feitos com nossos parcerios.
Foi a primeria vez que viajei sozinho, e a loucura veio com a ausência da Elda, que durante oito meses planejou cada passo daquela aventura e agora, não estava mais comigo.
Os Ventos Patagônicos e o Rípio foram vencidos, vi pinguins, neve, viajei com a luz do Sol até as 23h, e não vi o Pôr do Sol no dia 22, por que estava chovendo, mas eu estava lá... no fim da RUTA 3 - eu desci por ela, e subi a RUTA 40, curtindo cerca de 850 km de rípio.
Apesar da companhia de muitos amigos, chorei sozinho por passar as festas de Fim de Ano longe da minha filha, por não estar com a Elda no dia do seu aniversário, e por vezes, atônito diante das tantas coisas que descobrimos sobre nós mesmo, quando estamos no mundo sem ninguém.
DE PERITO MORENO/AR ATÉ ESQUEL/AR
Postado em: 15/6/2013
Mais uma vez as informações que eu tinha a respeito das condições da Ruta 40 até Esquel eram variadas e desencontradas. Era previsto de 300 a 40 km de rípio... uma diferença gritante, principalmente em relação a qualidade deste rípio, onde um brasileiro que encontrei no Posto YPF disse ter andando a 30 km/h – de carro.
Sem alternativa e pronto para o desafio, parti para Ruta 40 que começou com um ótimo asfalto até a divisa das Províncias de Santa Cruz e Chubut.
Neste trecho o rípio começou de forma compactada até a ciade de Río Mayo onde as informações que colhi não eram das melhores.
Dias antes havia chovido muito e a Ruta 40 estava uma lama só... o frentista do posto me alertou que havia até caminhões atolados e me ensinou um desvio que aumentaria meu percurso, mas me levaria por asfalto seguro.
Mais adiante parei em um batalhão do exército e um oficial me deu conta que haviam enviado um guincho para socorrer um caminhão, mas que este não conseguiu chegar por causa do estado do rípio.
Diante destes dados, segui a sugestão do frentista, que foi endossada pelo oficial e peguei a Ruta 22 e depois a Ruta 20, que apesar de apresentar um asfalto velho e sem acostamento, me livrou de um atoleiro.
É prudente levar um galão de combustível, pois na cidade de Gobernador Costa não tinha “nafta” e tive que rodar 90 km até Tacka a 60 km/h para conseguir chegar.
No fim do dia, acabei rodando 43 km de rípio e pulei cerca de 195 km da Ruta 40 roots.
No mais, só alegria!