Entenda o Proj. Multi Aventura rumo ao WDW14



Diário de Motocicleta

Depois de um Test Rider com uma DUCATI Multistrada 1200, guiando um grupo de motociclistas até a Serra do Rio do Rastro (SC), o material gerado (artigo, fotos e filme e uma matéria na Revista Moto Adventure), possibilitou a oportunidade de apresentar algumas ideias para a DUCATI do Brasil.

Satisfeitos com as propostas, levaram o meu material para Itália, de onde o feedback veio em forma de convite ao World DUCATI Week 2014 - o maior evento da marca no mundo, só que eu deveria ir de moto.

Mesclamos alguns roteiros que me levasse até a Itália, e para pegar impulso, desci rumo a Buenos Aires/ARG.
Na volta passei por Montevidéu e Punta del este no Uruguai, e de volta ao Brasil, subi a costa até Recife, apresentando nas Concessionárias DUCATI a palestra Elaboração de Viagens de Longa Distância, e convidando os amigos a me acompanharem nesta trip pela Europa.

A moto ficou em Recife, e desembarcando em Lisboa/POR, peguei outra Multistrada 1200, acoplei meus baús GIVI e cruzei Portugal, Espanha e França até chegar em Misano na Itália, a tempo de participar do World DUCATI Week 2014, do qual sou detentor do record por ter rodado 14.500 km para estar ali.

Está aventura fui sem a Elda, então já tenho data para voltar.

1.160 KM ENTRE BARCELONA/ESP E BOLONHA/ITA

36º dia de viagem
Cidade: Bolonha/IT | Categoria: Diário do Piloto
Postado em: 17/7/2014
Diário de Motocicleta

Antes de seguir para Bolonha/ITA, levantei cedo pra subir novamente o Monte Tibidabo nos arredores de Barcelona/ESP, já que a manhã era de Sol e céu azul, o momento pedia uma foto de toda cidade vista do alto.



Feito isso, comecei uma jornada de 1.100 km direto para Itália, o segundo maior trecho rodado nesta trip, perdendo apenas para o primeiro dia, quando rodei de Santos/SP até Pelotas/RS no Brasil, completando 1.330 km em um dia.

Não sou adepto de longas distâncias, mas quando não há outro jeito, não fujo da estrada.

Com a Elda na garupa nosso record foi de 980 km entre Teresina/PI e Belém/PA (Norte do Brasil), sozinho, completei uma prova de 2.000 km em 22h, mas como morava a cerca de 100 km do ponto de partida, acabei rodando 2.200 km em 24h... uma grande besteira e sem propósito, que só serve para medir a sua resistência e nada mais.

No planejamento deste roteiro, cogitei a ideia de pernoitar na França, mais precisamente no belo litoral de Nice, dividindo em duas pernadas de 550 km a minha passagem pelo país do Croissant.

Mas logo no detalhamento da viagem, quando vi os valores dos hotéis e pousadas da cidade, qualquer biboca de 3 cruzes era uma fortuna... ainda mais no início da temporada de Verão.

Como dinheiro não dá em árvore, resolvi juntar as duas pernadas e cruzar a costa da França em um único tiro.
E assim foi.


A foto da fronteira Espanha/França não deu para fazer por conta da grande quantidade de caminhões e a falta de acostamento seguro para foto... uma pena.

Tal qual em Portugal e Espanha, na França o abastecimento é self-service e em alguns casos você precisa comprar os litros antes de abastecer, você precisa ter em mente quantos litros cabem no tanque e comprar a quantidade certa.

Dá pra perceber que o termo COMPLETA PRA MIM não existe na Europa!

Em outros postos, quando você para perto da bomba, o responsável no caixa libera a bomba, você completa, vai até ele, paga e segue viagem.
Por conta disso amigos me aconselharam a parar na bomba mais perto da cabine de cobrança, que geralmente fica dentro da loja de conveniência, tirar o capacete, abrir o tanque, pegar a mangueira da bomba e aguardar o marcador zerar.

Todas as vezes que fiz isso funcionou, até essa primeira parada na França.

Pelo alto falante a atendente disse qualquer coisa como Vitrô, Fondue, Sutiã, e dei com os ombros, ai em inglês notoriamente contrariada, me chamou para cabine.

Lá dentro disse que precisava de gasolina, e pelo que entendi a linhdinha voltou a falar em fracês - eu tinhaque deixar o capacete ali.

Dexei, voltei e abasteci.
Voltei, paguei e parti... Foi bem simples e logo estava na estrada novamente.

O caminho até a altura de Cannes e Nice é bem chato, monótono e repleto de pedágios.
Quando cheguei ao hotel na Itália, tomei um susto quando fiz as contas e vi que havia gasto mais de R$ 230,00 em tarifas (US$ 105,00).

O que compensou foi a paisagem próximo a fronteira entre França e Itália repleta de túneis e viadutos altíssimos, ligando montanhas em série.

Um visual fantástico que poderia ser registrado em belas fotos se houvesse acostamento para estacionar e fazer fotos... inclusive da placa desta fronteira também não deu pra registrar.

Após essa série de túneis, a rodovia volta para seu traçado monótono até Bolonha/ITA, cidade em que cheguei após de 10h30 de viagem, num total de 1.160 km percorridos.

Agora pernoito aqui e sigo para Cattolica/IT onde fica o Misano World Circuit, local WDW2014.

O frio na barriga aumenta a cada momento.

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