Entenda o Proj. Rodando as Cidades da Copa

Quem me conhece sabe que eu não sei quantos caras jogam no gol... só para ter uma ideia do grau de importância que o tema futebol tem na minha vida, mas ai você deve estar se perguntando, que raios de projeto é este então?
Bom, há tempos nós sonhávamos em viajar pelo Brasil, na verdade, o plano sempre foi conhecer primeiro o nosso país, para só então sair em viagem pelo mundo.
Quebrar a cabeça montando um roteiro que cruzasse as cinco regiões foi um desafio superado, quando anunciaram a Copa do Mundo no Brasil.
O evento caiu como uma luva, já que distribuiram os jogos pelos quatro cantos do país.
Agora eu tinha um roteiro, e bastou um pouco de logística para traçar os mapas de uma volta completa, em sentido anti horário, saindo de São Paulo, subindo para Brasília, depois Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza, Manaus (seis dias navegando o Rio Amazonas e depois descendo a BR-319), Cuiabá, Porto Alegre e Curitiba.
Vimos muitas Arenas ainda em construção, muita obra que até hoje não foi entregue, e nos tornamos os únicos turistas a visitar os 12 Elefantes Brancos erguidos/reformados para a Copa do Mundo.
Política a parte, focamos no turismo que estas 12 cidades "sede da copa" oferecem aos turistas, com ou sem um evento deste porte.
Em parceria pela 2ª vez consecutiva com o Salão Duas Rodas, nossa trip pelo Brasil terminou com a nossa moto mais suja do que nunca, em exposição no Anhembi, onde mais uma vez tivemos o prazer de receber o abraço dos amigos e escutar incríveis relatos de viajantes de moto.
ENTRANDO NO RIO AMAZONAS
Cidade: Rio Amazonas/PA | Categoria: Diário do Piloto
Postado em: 5/9/2013

Na nossa primeira manhã navegando, fomos acordados com batidas na nossa porta avisando que o café estava servido.
Fala sério... eram 6h30 da manhã!
Acabamos saindo do ar condicionado da cabine... sim, nós temos ar gelado graças a DEUS... já passavam das 10h da manhã.
Conferi a moto bem amarrada nas grades do primeiro deck e voltei para o convés afim de curtir a paisagem, com uma cerveja estupidamente gelada.
Torre de Babel
Embora nosso barco tenha capacidade para cerca de 350 passageiros, creio que não tenhamos nem 150 à bordo, embora nas 10 paradas previstas, muitas pessoas devam subir.
E foi o que aconteceu em Breves/PA, nossa primeira escala, onde chegamos com duas horas de atraso e não ficamos nem 20 minutos atracados.
Aproveitei a proximidade com o povoado e tentei conexão no notebook, mas nem no celular consegui sinal, no entanto, quando estávamos saindo, surgiu 4 barrinhas no celular VIVO - que estava mortinho da Silva há quase dois dias - e liguei para meu amigo Mamute postar no Facebook nosso paradeiro.
De volta para o turbulento Rio Bahia, aproveitei para conversar com o capitão do barco que me deu algumas informações interessantes como nossa velocidade entre 13 a 18 km/h, gerados por dois motores de 315 HP, que empurram cerca de 200 toneladas de carga, que segundo ele é pouco, pois já carregou muito mais que isso.
Ao todo, vamos percorrer cerca de 1.700 km entre Belém e Manaus, contra a correnteza e beirando a margem... daí os 5 dias de viagem.
Um mar de Rio tímido
No final do dia entramos no Rio Amazonas, que a princípio não transformou a paisagem. A água barrenta com correnteza forte em alguns trechos,alargava e estreitava o leito do rio, nos levando muitas vezes a navegar tão perto da margem que era possível ouvir a algazarra dos pássaros na mata ainda virgem.
Tudo ao som de Amado Batista e Fagner que se revezam no pen drive da lanchonete.
Ao anoitecer, milagrosamente tocaram Raul... e o cansaço, certamente ocasionado pelo calor úmido da selva, nos levou para cama antes da meia noite.
Por volta das 2h da manhã, acordei com o barulho da descarga de mercadorias no Porto de Gurupá... uma parada de 50 minutos, mas que já estava cerca de 3h atrasada.
No próximo artigo, a natureza e as pessoas se destacam no maior rio do mundo.