Entenda o Proj. Rodando as Cidades da Copa
Quem me conhece sabe que eu não sei quantos caras jogam no gol... só para ter uma ideia do grau de importância que o tema futebol tem na minha vida, mas ai você deve estar se perguntando, que raios de projeto é este então?
Bom, há tempos nós sonhávamos em viajar pelo Brasil, na verdade, o plano sempre foi conhecer primeiro o nosso país, para só então sair em viagem pelo mundo.
Quebrar a cabeça montando um roteiro que cruzasse as cinco regiões foi um desafio superado, quando anunciaram a Copa do Mundo no Brasil.
O evento caiu como uma luva, já que distribuiram os jogos pelos quatro cantos do país.
Agora eu tinha um roteiro, e bastou um pouco de logística para traçar os mapas de uma volta completa, em sentido anti horário, saindo de São Paulo, subindo para Brasília, depois Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza, Manaus (seis dias navegando o Rio Amazonas e depois descendo a BR-319), Cuiabá, Porto Alegre e Curitiba.
Vimos muitas Arenas ainda em construção, muita obra que até hoje não foi entregue, e nos tornamos os únicos turistas a visitar os 12 Elefantes Brancos erguidos/reformados para a Copa do Mundo.
Política a parte, focamos no turismo que estas 12 cidades "sede da copa" oferecem aos turistas, com ou sem um evento deste porte.
Em parceria pela 2ª vez consecutiva com o Salão Duas Rodas, nossa trip pelo Brasil terminou com a nossa moto mais suja do que nunca, em exposição no Anhembi, onde mais uma vez tivemos o prazer de receber o abraço dos amigos e escutar incríveis relatos de viajantes de moto.
RUMO À BELO HORIZONTE
Cidade: Belo Horizonte/MG | Categoria: Diário do Piloto
Postado em: 10/8/2013
Nosso quarto dia de viagem nos reservava a maior perna de estrada até então, seriam mais de 700 km entre Brasília e Belo Horizonte, rodando apenas pela BR-040. Mas antes de partir encontramos nosso amigo Silvio Velozo que participou do nosso passeio Serras e Rastros I, onde percorremos mais de 2300 km pela Estrada dos Romeiros, Serra Rastro da Serpente, Serra do Corvo Branco, Serra do Rio do Rastro e Estrada da Graciosa em Novembro de 2012.
Aproveitei a ocasião para rever o amigo que se recupera de um acidente e lhe entreguei os DVD's com filme e fotos dos dias que motocamos juntos.
Abraços dados, agora era hora de pista!
Tanto na chegada como saída de Brasília, o trânsito está complicado por conta de obras, provavelmente para Copa, mas quando estas obras não existirem mais, acredito que o tráfego será o mesmo, haja vista que são inúmeras lombadas eletrônicas de 40 km/h e radares de 60 km/h. Além disso, o fluxo de carros das cidades de Valparaíso, que não lembra nada o Chile, Cidade Ocidental e Luziânia é muito grande e geram engarrafamentos em um simples retorno.
Depois de Luziânia começa a estrada de fato, vicinal, mas muito bem asfaltada. Estão recapeando a parte mineira da BR-040, mas sem sinalização horizontal, o que apresenta grande risco nas ultrapassagens.
Mais uma vez contamos com a colaboração dos caminhoneiros que nos sinalizavam o momento certo de ultrapassar e ganhavam uma buzinadinha e um aceno.
Depois de Paracatu a pista volta a ser pintada e segue serpenteando em curvas abertas que sobem colinas, nas condições ideais para acelerar e deitar.
Já me acostumei com o peso da bagagem e com isso nossa velocidade de cruzeiro subiu um pouco, mas não o suficiente para passar despercebido pela fantástica paisagem... tanto Goiás como Minas apresentam um Brasilzão vasto e gigante à beira da rodovia. É país que não acaba.
Seguimos tranquilos parando, filmando e fotografando, enquanto o dia fez sua parte e foi passando.
Antes de Paraopeba, cerca de 110 km de BH, a BR-040 duplica e a velocidade aumenta. Neste ponto o Sol já tinha partido e estávamos aliviados de ter saído da parte vicinal que gelava os ossos a cada baixada da estrada.
Chegamos por volta das 19h, depois de uma motocada de aproximadamente 9h.
Jantamos no próprio hotel e quando vi, já havia amanhecido... capotamos na cama, mas redobramos as energias... bora conhecer BH.