Entenda o Proj. Rodando as Cidades da Copa



Diário de Motocicleta

Quem me conhece sabe que eu não sei quantos caras jogam no gol... só para ter uma ideia do grau de importância que o tema futebol tem na minha vida, mas ai você deve estar se perguntando, que raios de projeto é este então?

Bom, há tempos nós sonhávamos em viajar pelo Brasil, na verdade, o plano sempre foi conhecer primeiro o nosso país, para só então sair em viagem pelo mundo.

Quebrar a cabeça montando um roteiro que cruzasse as cinco regiões foi um desafio superado, quando anunciaram a Copa do Mundo no Brasil.
O evento caiu como uma luva, já que distribuiram os jogos pelos quatro cantos do país.

Agora eu tinha um roteiro, e bastou um pouco de logística para traçar os mapas de uma volta completa, em sentido anti horário, saindo de São Paulo, subindo para Brasília, depois Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza, Manaus (seis dias navegando o Rio Amazonas e depois descendo a BR-319), Cuiabá, Porto Alegre e Curitiba.

Vimos muitas Arenas ainda em construção, muita obra que até hoje não foi entregue, e nos tornamos os únicos turistas a visitar os 12 Elefantes Brancos erguidos/reformados para a Copa do Mundo.
Política a parte, focamos no turismo que estas 12 cidades "sede da copa" oferecem aos turistas, com ou sem um evento deste porte.

Em parceria pela 2ª vez consecutiva com o Salão Duas Rodas, nossa trip pelo Brasil terminou com a nossa moto mais suja do que nunca, em exposição no Anhembi, onde mais uma vez tivemos o prazer de receber o abraço dos amigos e escutar incríveis relatos de viajantes de moto.

AS INSTALAÇÕES DA SUZUKI MANAUS

37º dia de viagem
Cidade: Manaus/AM | Categoria: Diário do Piloto
Postado em: 12/9/2013
Diário de Motocicleta

Quando traçamos pela primeira vez o roteiro do Projeto Rodando as Cidades da Copa e Manaus nos surgiu no mapa, logo surgiu à vontade de visitar as instalações da Suzuki, lugar de onde nasceu minha V-Strom DL 650 com a qual já rodei 80 mil km nestes últimos dois anos. Mas não se trata de um roteiro de passeio imperdível em Manaus, e muito menos existe a possibilidade de visitação à Planta da Suzuki... então saímos de casa com a esperança que nosso pedido enviado por e-mail fosse atendido.

Quando estávamos em Recife/PE os anjos disseram amém em uma ligação no meio da rua.

Só não conseguimos a autorização para visitar a Suzuki, como ganhamos uma revisão mega super top, na qual a nossa moto seria desmontada, analisada e montada novamente.

Pensa num “cabra” feliz! Esse cabra era EU!

Em nosso segundo dia, levamos a motoca para revisão e ao buscá-la ganhei um Tour Guiado pelas instalações monstruosas da Suzuki Manaus.

O lugar é um sonho para qualquer motociclista, apaixonado pela marca como eu ou simplesmente pelas duas rodas.

Quando ouvimos falar em “montadora” temos a impressão que juntam a roda ao garfo, instalam no quadro, colocam o motor e pronto, tudo está em uma caixa à caminho das concessionárias... mas na verdade não é bem assim.

Em Manaus as motos são realmente montadas do zero, parafusos, porcas e milhares de peças chegam ao Brasil em caixas e são montadas uma a uma.
De um milhão de pecinhas surge um motor, uma suspensão, um painel e rodando na linha de montagem, logo vai surgindo o sonho de milhares de apaixonados por liberdade.

Na planta da Suzuki existem duas linhas de montagem simultâneas, uma para baixa cilindradas e outra para altas.

No início da esteira das baixas cilindradas existe a soldagem dos quadros que vem em partes e depois de montados são pintados. O quadro das altas já vem montados.

Os quadros prontos e numerados começam a receber as primeira peças e vão ganhando cada vez mais e mais partes que são instaladas e testadas por aproximadamente 500 funcionários treinados em cada área.

Os motores são montados na linha e fechados, recebem óleo e os primeiros testes mecânicos sem combustível.

Ai vem às rodas, suspensão, parte elétrica, painel, carenagens, tanque, fluidos e bingo, nascem máquinas que servirão para trabalho, lazer ou ambos.
Todas as motos passam pelo dinamômetro para testes de velocidades e embreagens e após minuciosa verificação entram na linha de embalagem, onde a cada 10 minutos uma moto sai pronta para ser despachada para as lojas.
Eu acho que eu já disse isso... o lugar é um sonho!

Na minha visita presenciei a montagem da YES 125 e da Gladius com quadro vermelho... linda.

Esta planta é relativamente nova, as instalações foram inauguradas em meados de 2010, o que garante que um dia, minha DL 650 surgiu de um monte de peças em caixas e me proporcionou rodar por seis países da América Latina e agora o nosso imenso e continental Brasil.

Dois anos depois minha motoca retorna à maternidade para uma revisão na hora certa, quando estamos praticamente no meio da nossa viagem.

Foi uma experiência inesquecível estar ali, e sair com a moto redonda, afinada como se fosse zero, só abriu mais o apetite para rodar mais!

Bora motocar.

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