Entenda o Proj. Rodando as Cidades da Copa
Quem me conhece sabe que eu não sei quantos caras jogam no gol... só para ter uma ideia do grau de importância que o tema futebol tem na minha vida, mas ai você deve estar se perguntando, que raios de projeto é este então?
Bom, há tempos nós sonhávamos em viajar pelo Brasil, na verdade, o plano sempre foi conhecer primeiro o nosso país, para só então sair em viagem pelo mundo.
Quebrar a cabeça montando um roteiro que cruzasse as cinco regiões foi um desafio superado, quando anunciaram a Copa do Mundo no Brasil.
O evento caiu como uma luva, já que distribuiram os jogos pelos quatro cantos do país.
Agora eu tinha um roteiro, e bastou um pouco de logística para traçar os mapas de uma volta completa, em sentido anti horário, saindo de São Paulo, subindo para Brasília, depois Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza, Manaus (seis dias navegando o Rio Amazonas e depois descendo a BR-319), Cuiabá, Porto Alegre e Curitiba.
Vimos muitas Arenas ainda em construção, muita obra que até hoje não foi entregue, e nos tornamos os únicos turistas a visitar os 12 Elefantes Brancos erguidos/reformados para a Copa do Mundo.
Política a parte, focamos no turismo que estas 12 cidades "sede da copa" oferecem aos turistas, com ou sem um evento deste porte.
Em parceria pela 2ª vez consecutiva com o Salão Duas Rodas, nossa trip pelo Brasil terminou com a nossa moto mais suja do que nunca, em exposição no Anhembi, onde mais uma vez tivemos o prazer de receber o abraço dos amigos e escutar incríveis relatos de viajantes de moto.
CRUZANDO O ESTADO DE RONDÔNIA
Cidade: Vilhena/RO | Categoria: Diário do Piloto
Postado em: 19/9/2013
Nos últimos três dias estamos motocando na Rota para Cuzco, muito usada por amigos que seguem para o Peru e que não querem passar pela Bolívia.
Estamos no sentido contrário, mas quem se aventurar por estas bandas não passará sufoco. A estrada numa escala geral é muito boa e o tráfego é moderado de caminhões.
No dia 18/SET passamos por Porto Velho e iniciamos nossa descida para o Sul. Fizemos escala em Ariquemes de onde partimos por volta das 10h no dia 19/SET rumo à Vilhena, divisa entre Rondônia e Mato Grosso.
É raro honrar o compromisso de sair bem cedo, e o duro que não é preguiça não, pois levantamos no primeiro toque do despertador às 6h45, mas até responder e-mails pendentes, arrumar três baús, fazer várias viagens até o estacionamento para montar a moto... aff... cansa e tardia a partida.
Sempre subo na moto suado, mas com o roteiro em mente, e neste dia não tinha mistério, bastava pegar a BR-364 e rodar cerca de 500 km até Vilhena.
A estrada vicinal apresenta alguns trechos em obras (SET/2013) e inevitavelmente fecham uma das pistas e por três vezes ficamos parados esperando a liberação da nossa vez.
No restante a pista apresenta alguns remendos mal feitos, mas nada que tire o prazer de deitar nas curvas que se repetem sucessivamente.
Embora com caminhões, é possível tocar em um ritmo forte e seguro. Porém o que mais retarda a viagem é a passagem por cidades como Jaru, Ji-Paraná, Presidente Médici e Cacoal, a maior entre estas.
Surpreendeu-me o verde e as árvores à beira da estrada, formando longos corredores que amenizavam o calor, principalmente à tarde, que foram também refrescados por alguns pontos com garoa que rapidamente evaporavam no ar.
Antes de comemorarmos uma chegada seca, tomamos uma senhora chuva, coisa de 25 km antes de Vilhena, e como fazia muito calor, paramos apenas para guardar máquinas fotográficas sem ao menos nos preocuparmos em vestir capa de chuva... entramos debaixo da água e curtimos um pouco de frio, já que estava bem gelada.
Depois de rodar cerca de 520 km chegamos em Vilhena encharcados buscando o hotel por ruas completamente secas.