TEATRO SANTA ISABEL

Cidade: Recife/PE | Categoria: Passeios
Postado em: 22/8/2013
Diário de Motocicleta

Depois de colocar a casa em dia, partimos para um primeiro rolê por Recife e o fomos direto até a Praça da República para conhecer o Teatro Santa Isabel, elegante e refinado, é hoje um dos 14 teatros-monumento do país, e reconhecido como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 31 de outubro 1949.

Representa o primeiro e mais expressivo exemplar de Arquitetura Neoclássica em Pernambuco e um dos mais notáveis do país. Foi inaugurado em 1850 e já recebeu três reformas até hoje.

A ideia de sua construção partiu de Francisco do Rego Barros, futuro Conde da Boa Vista, presidente da província de 1837 a 1844 e o realizador da obra foi o engenheiro francês Louis Léger Vauthier.

A proposta modernizadora contemplava a construção de estradas, pontes e edifícios públicos com o intuito de aproximar Recife dos padrões estéticos europeus, e neste sentido, era indispensável à criação de um Teatro.

O Santa Isabel é considerado por muitos como o mais belo edifício teatral do império. Um dos poucos exemplares do genuíno neoclassicismo erguidos no Brasil na primeira metade do século XIX.

A iniciativa de construir um Teatro de porte e elegância, em 1840, serviu de exemplo para outras capitais que, estimuladas pelo prestígio da província pernambucana, adotaram iniciativa semelhante.

Homenageando a Princesa Isabel, o teatro foi inaugurado em 18 de maio de 1850 com o drama O Pajem D’Aljubarrota, de Mendes Leal, escritor português dos mais encenados na primeira metade do século.

O Teatro de Santa Isabel recebeu Dom Pedro II, Castro Alves, Tobias Barreto, Carlos Gomes, a Bailarina russa Ana Pavlova, Procópio Ferreira, dentre outros.

Assistiu à Revolução Praieira, à campanha abolicionista e à campanha pelo advento da República, quando dois nomes ligaram-se definitivamente à sua história: Joaquim Nabuco e José Mariano.

Nabuco proferiu a célebre frase que ficaria gravada numa placa do Teatro:
“Aqui nós ganhamos a causa da Abolição”.

Mas, antes do final da década, o Teatro foi ainda, mais uma vez, campo de batalhas políticas que agitavam o país, agora pela república, com os discursos de Martins Júnior e Silva Jardim. Em seu palco, Rui Barbosa discursou durante a campanha para presidência da república.

O teatro sofreu dois incêndios, sendo o último há cerca de 50 anos que lhe consumiu inteiro, deixando apenas as paredes.
A restauração o deixou intacto e perfeito.

Não é aberto à visitação pública, porém fomos autorizados pela simpática administradora Clara para fotos internas, enquanto o expert Welligton nos guiou durante uma belíssima aula de história e cultura.

O Teatro está em funcionamento inclusive com espetáculos gratuitos.
Vale muito a visita!

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