As Motocas - equipamentos de trabalho

As Motos do Diário de Motocicleta

Yamaha Virago 250cc - A Véia (1997, natural de Tokio/Japão)


Yamaha Virago 250cc - Véia - A divisora de águas

A Viraguinho 250 cc era um sonho que depois de muito tempo eu havia realizado!

Após o fim do meu primeiro casamento eu queria apenas três coisa, fazer uma nova tatuagem, encontrar um novo amor e rodar o mundo de moto.
Manja aquela vontade de mudança? Era esse o clima.

Eu vinha fazendo umas economias para diminuir as prestações do meu apartamento e foi com essa grana que começei a procurar uma moto. Não fazia questão de cilindrada, mas tinha que ser custom.

Procura aqui, procura ali... até que encontrei uma Viraguinho 250 cc.
A negociação foi rápida e num piscar de olhos eu estava fazendo as curvas mais quadradas que qualquer ser, sem subir numa moto há mais de 12 anos, poderia fazer.

Batizei a Viraguinho de Véia, pois na época (2006) a moto já tinha 9 anos. Mas apesar dos seus 150.000 km rodados, ainda tinha força para aguentar minha sede de estrada... e com ela eu parti pra estrada!

Logo passei a percorrer cerca de 600 km para visitar minha filha que mudará de cidade, e com isso os primeiros apuros na estrada vieram.
Nada demais, mas que contribuiram para forjar o motociclista que sou hoje.

Depois de conhecer a Elda, a Véia já tinha rodado 25 mil km só comigo e recebeu uma doce aposentadoria. Transformei ela em uma senhora Chopper no seu aniversário de 10 anos dando-lhe pintura preta fosca, guidão águia, farol gota, piscas bullets, lanterna traseira nova e placa lateral!
Ficou demais!

A essa altura eu já tinha comprado a Shadow 600 e a Véia era usada apenas para trabalhar!

No inverno de 2008 me mudei para Baixada Santista por conta de um novo contrato de trabalho e precisei vender a Véia. Não foi nada fácil e ainda hoje sinto saudades dela e lhe sou grato pelos horizontes que ela me apresentou!

Eu estava certo nas minhas escolhas!



Honda Shadow 600cc - A Shelda (2001, natural de Manaus/AM)


Honda Shadow 600cc - Shelda - 18 mil km de moto turismo pelo Brasil

Enquanto a Véia passava por uma reforma geral, a Shelda surgiu no nosso caminho.
Com apenas cinco aninhos na época e 14 mil km rodados, seu motor Honda de 600 cc passou a nos levar a lugares fantásticos, através de estradas deliciosas.
A força de seu motor, o troque e dirigibilidade para poucos que a Shadow possue, desbravou e ampliou nossos horizontes.

Desde sua chegada, muita coisa mudou além das trocas de pneus e relação. Ela ganhou comandos avançados, banco mais confortável, escape JJ, curto e long, farol gota e por fim uma pintura preto fosca feita na calçada de casa (rs).

Sim! Ela foi pintada na calçada de casa! E por duas vezes!
Um dia comprei paralamas e placas laterais na cor preta, adesivei com flames, lixei e pintei de preto fosco. Depois foi retirar os adesivos para os flames preto brilhoso sutilmente saltar aos olhos.

Moto nova por R$ 400,00 em peças e R$ 45,00 em material de pintura.

Na volta da viagem para Salvador/BA, mandei a moto para revisão e retirei novamente toda a sua "lataria", lixei e pintei desta vez com spray anti-derrapante preto.
O aspecto rugoso ficou fantástico!
Só é preciso estomago para passar a lixa pela primeira vez... depois é só alegria (rs).

Em 2011, com mais de 107 mil km rodados, a Shelda seguiu outro caminho e nos deixou com boas lembranças dos horizontes que desbravamos juntos.



Suzuki V-Strom 650 cc - A Motoca (2011, natural de Manaus/AM)


Suzuki V-Strom 650cc - Novas fronteiras

Por mais que façamos planos, a vida nos apresenta caminhos dos quais nos cabe apenas estar preprados para seguir, já que não nos é dada a alternativa de desistir.

Dentre vários planos, um que sempre povoou a minha cabeça era transformar a Shelda (Shadow 600 cc) em uma linda chopper, como fiz com a Véia (Virago 250 cc) pouco antes de ter que vendê-la.
Acontece que não deu tempo, pois a vida me colocou na rota do Caminho do Peabiru e a possibilidade de percorrê-lo de São Vicente/SP até Machupicchu no Peru.

Um dos desafios que o trajeto que os Incas e Guaranis construíram, ligando os Oceanos Pacífico e Atlântico, era transpor a Cordilheira dos Andes e enfrentar altitudes de até 5.000 m.

Difícil para nós que não estávamos habituados com o ar rarefeito, e quase impossível para um motor carburado que necessitaria da pressão atmosférica para mater a combustão dentro dos cilindros.

Diante deste impasse, vários amigos me apresentaram soluções como ajustar os Giglês e amumentar a entrada de ar no motor na medida em que a moto fosse falhando, mas sinceramente, existem alternativas melhores de se enfrentar a diminuição de oxigênio e uma delas chama-se Injeção Eletrônica, e isso fez com que a nossa querida custom fosse suspensa desta nova aventura, possibilitando a vinda de um novo brinquedo.

Depois de mais de 130 mil km percorridos no lombo de motos custons, passamos a experimentar as maravilhas e sensações de uma Big Trail, com a aquisição da V-Strom, que veio somar os esforços do seus 650 cc na primeira viagem internacional que realizaríamos (AGO/SET 2011).

Depois desta aventura, rodamos até o Ushuaia e demos uma volta completa no Brasil, virando mais uma vez os 100.000 km rodados e por fim, trocando Sushi (Suzuki) por Macarrão (Ducati).



DUCATI Multistrada 1.200 S Touring - Sem Nome (2013, natural de Manaus/AM)


DUCATI Multistrada 1.200 S Touring - Por um mundo menor

Confesso que quando pensava em Motos DUCATI, achava que apenas as esportivas predominavam na sua linha, e por falta de representção no Brasil, não sonhava em possuir uma máquina dessas, mesmo depois de ter conhecido uma Multistrada de perto na Casa do Cônsul da Suíça em São Paulo, quando participei de uma palestra onde o próprio Cônsul relatou suas viagens pela Suiça de DUCATI.

A máquina era fantástica, mas um sonho muito distante.

Mas o mundo girou, os tempos passaram e a DUCATI desembarcou no Brasil com fome de mercado, trazendo suas motos para serem montadas em território nacional, treinando pessoal e abrindo concessioárias... e de repente começou a ser possível sonhar com uma máquina italiana.

Finalmente fui fisgado quando tive a oportunidade de realizar um TEST RIDER na Multistrada 1200 S Touring, percorrendo aproximadamente 2.400 km pelas mais incríveis Serras do Sul do Brasil.

A partir dai começou um namoro entre o DIÁRIO DE MOTOCICLETA e a DUCATI, que culminou em uma importante parceria em 2014, onde em posse de uma Multistrada 1200 ST, percorreríamos a costa brasileira apresentando a palestra "Elaborando Viagens de Longa Distancia" antes de embarcar para Europa a tempo de participar do World DUCATI Week daquele ano.

Desta forma, aposentamos a boa e velha V-Strom DL 650 com meros 105 mil km, com um olhar no futuro magnífico que esta máquina italiana nos oferecerá em se tratando de novos horizontes.

#BoraMotocar.

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