AVALIAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS TEXX

Cidade: São Vicente/SP | Categoria: Infos Úteis
Postado em: 23/10/2015
Diário de Motocicleta

Num passado não muito distante eu viajei com uma luva TEXX Delta I que acabou sendo emprestada à um amigo que desapareceu na estrada... fiquei bem “P” da vida na época, ainda mais por que a luva era novinha, confortável e quente (estávamos no inverno).

O tempo passou curando a perda do “amigo”, da luva e sem me dar a oportunidade de sonhar que um dia essa mesma marca seria minha parceira de viagem, em um roteiro alucinante com foi o Projeto Vulcões Andinos.

Fomos, eu e a Elda, de TEXX literalmente dos pés a cabeça e com segunda pele por debaixo, encarar 17.890 km através da Cordilheira dos Andes durante 55 dias, tempo suficiente para testar e analisar a qualidade e confiabilidade dos nosso equipamentos... confira.


AS BOTAS

Embora não seja uma bota destinada à prática de Moto Turismo, a linha LINE ONE G-Force se mostrou extremamente confortável e forte.

O que mais gostei nesta bota, além do design imponente e marcante, foi o reforço lateral que ela possui e que impede de torcer o tornozelo.
Na verdade, com essa bota só é possível mexer o pé pra cima e pra baixo, torcer o calcanhar é praticamente impossível.

Essa qualidade foi importante e fez toda a diferença quando estávamos em uma estradinha de cascalho no meio do Peru, tentando chegar o mais perto possível do Vulcão Ubinas, quando por descuido caímos.
A velocidade era baixa, e lembro de perder o equilíbrio e levar o pé ao chão na hora do impacto. O mesmo fincou como uma lança, firmando o calcanhar e me possibilitando escapar do peso da moto que certamente cairia sobre a minha perna, caso meu tornozelo dobrasse.

A Elda por sua vez, saltou da moto ainda durante a queda e como uma gata, aterrissou sobre a areia fofa como se estivesse em solo firme.

Já cai outras vezes nesta mesma situação de estrada de terra e areia, e sai com ferimentos e tornozelo inchado por conta de torções, mas agora estava com os pés blindados.

Quanto a ser impermeável... não, ela não é, mesmo por que como disse, o foco dela não é para Moto Turismo, é mais para competições, mas suportou muito bem as chuvas que pegamos, até mesmo pequenos rios que cruzamos no meio da Colômbia.


AS CALÇAS

Eu parti com uma calça de cordura Blackstar e a Elda com o modelo Rose.

A princípio tiramos o forro térmico de ambas as calças, pois na nossa saída o clima estava um pouco quente. Mas no fim das contas, levamos os forros para passear, já que em nenhum momento voltamos a instalar os mesmos, nem mesmo sob temperaturas na casa dos -17°C de sensação térmica.

Ficamos impressionados com a proteção oferecida pela calças, sem contar que tem um excelente acabamento e rica em bolsos – dois com zíperes e dois bolsos cargo com velcro onde eu levava carteira, documentos, chave da moto e celular.

Pegamos chuvas moderadas que não devem ter passado de 30 km de duração, e mesmo assim nos mantivemos secos, lembrando que o tecido externo não é impermeável. O que é impermeável é a membrana interna, que garante a impermeabilidade do produto..


AS JAQUETAS

Aqui é preciso abrir um parênteses para descrever a nova Jaqueta Air Bag One da TEXX.

Com tecido em poliéster e membrana interna impermeável, a Jaqueta vem com um sistema de Air Bag que é acionado em 0,25 milésimos de segundos e oferece proteção para o pescoço, peito, costas e quadril, uma cobertura que outras jaquetas não oferecem.

O cilindro de CO2 fica localizado na parte posterior e inferior da jaqueta, no lado direito e requer uma foça de 20kg para ser acionado, com isso, não corremos o risco de acionar acidentalmente o Air Bag ao descer da moto, já é preciso prender por cabos o gatilho a moto.

Externamente encontramos faixas refletivas, dois bolsos e duas aberturas com zíper para ventilação nas laterais da jaqueta.

No lado interno, mais bolsos impermeáveis e um forro térmico que nos protegeu muito bem nas baixas temperaturas que enfrentamos.

Além disso, o seu comprimento é maior que as demais encontradas no mercado, e os vários ajustes tornam a Jaqueta Air Bag One tão confortável como uma luva, principalmente as duas cintas nos braços que com o auxílio do ajuste no pulso (velcro e zíper), impedem a entrada do ar frio, mantendo a temperatura do corpo em níveis agradavéis.

Em poucas palavras, a excelência em forma de jaqueta... a melhor entre as três marcas que usei anteriormente.


AS LUVAS E AS SEGUNDA PELE

Viajamos com as Luvas Delta II, nova versão daquele modelo surrupiado no passado, agora com novo corte e mais confortável do que nunca, apresenta uma borracha no dedo indicador que funciona como um limpador de para-brisa para a viseira.
Manteve nossas mãos aquecidas quando mais precisamos, e se manteve seca depois da chuva que pegamos.

O conjunto de Segunda Pele (calça e blusa) usado tanto por mim como pela Elda foi da linha TCool Blackstar, que apesar de ser mais recomendada para uso no calor, deu conta de nos manter aquecidos.

Possui um ótimo caimento e tanto na bainha com nas mangas, apresenta um fio de silicone que mantem a roupa no lugar dando uma agradável sensação de segurança.

Por diversas vezes ao longo da viagem, principalmente nos dias mais frios, a Segunda Pele TEXX era a única coisa que usávamos por debaixo das roupas de cordura e não congelamos como era de se esperar em grandes altitudes pelos Andes.


OS CAPACETES

Sempre preferi capacetes articulados, pois na estrada paramos muito para fotos e um modelo fechado exige que o mesmo seja retirado para conseguir focar as imagens.

Com o modelo TEXX Blitz, isso não foi problema.

Fácil e rápido para destravar a queixeira, esse capacete superou nossas expectativas em dois pontos, primeiro por conta do peso, todos nós sabemos que capacetes articulados são mais pesados, mas este pesa aproximadamente 1,5 kg por causa do ABS de alto impacto usado na produção do seu casco.

O outro ponto que nos chamou a atenção foi a resistência do conjunto de travas da queixeira... abrir sempre é suave, mas na hora de fechar sempre é na porrada, e mesmo depois de 17.890 km, ele continua abrindo suavemente e travando na primeira batida.

A viseira cristal de 3mm de espessura vem com tratamento anti-embaçante e anti-risco, e após cruzar sete países, receber rajadas de mosquitos e tempestades de areia, não possui nenhum arranhão.

O Capacete TEXX Blitz ainda possui forro removível com tratamento antibacteriano e antialérgico, e a viseira interna fumê vem com proteção contra raios UV.



Os Equipamentos TEXX provaram resistir bravamente ao tempo e intempéries, protegendo e mantendo-se em perfeito estado de uso.
Analisando o desgaste depois dessa longa viagem, concluímos que ainda temos equipamento para outras viagens, e elas já estão no nosso horizonte.

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