BR-277, A ESTRADA DA MORTE MAIS LINDA QUE JÁ CONHECI
Cidade: Curitiba/PR | Categoria: Diário do Piloto
Postado em: 26/9/2015
Com a corrente trocada... coroa banguela... pneu 190 com meia vida gentilmente cedido e instalado pelo Luis da BIP Motos... seguimos para a estrada felizes pelo fim da fase de perrengues que nos assolaram nos últimos dias desta viagem.
Senti com os últimos acontecimentos, que tanto eu como a Elda crescemos como motociclistas, pois a administração das adversidades é tão fundamental quanto o planejamento de uma viagem nestas proporções.
Manter a cabeça fria, focado e sem vitimismo é crucial para achar soluções que te livrem de enrascadas... de nada adianta ficar puto da vida, xingar, jogar o capacete longe, gritar e se colocar como coitado.
Perrengues acontecem... sempre vão acontecer, e além do mais, se você estiver com problemas no meio da estrada, quem te levou até ali foi você mesmo, e só você pode pode sair dessa situação que, por mais assustadora que seja, é melhor do que qualquer sofá na frente da TV.
Seguimos com sapatos “novos”, corrente tinindo rumo à Curitiba, roteiro mais que conhecido pela boa e velha BR-277, uma das minhas estradas preferidas no Paraná, com curvas sequenciais, ora subindo colinas, ora mergulhando morro abaixo, com possibilidade de desenvolver uma boa velocidade, mas com muita consciência, já que ela é conhecida como “Estrada da Morte” no Paraná, tamanha a quantidade de acidentes de caminhões com vítimas fatais.
Prova disso foi um caminhão capotado pelo qual passamos.
As evidências apontam para um acidente horrível, onde o caminhão bateu no acostamento e deu uma cambalhota, ficando de rodas para o ar no sentido contrário da pista.
Não é brincadeira essa estrada, mas dá pra se divertir.
E foi o que fizemos com segurança e prudência, levando cerca de 7h para percorrer 640 km até o Centro de Curitiba.
Cheguei a tempo de tomar uma boa ducha e partir para encontrar o amigo Eluísio (Adrenalina Motos) e juntos seguirmos para a casa do nosso amigo Marcelo, que gentilmente me convidou para um delicioso churrasco.
Olha... eu acho que consigo me acostumar com essa vida de perrengues e bons amigos viu!
A Elda não nos acompanhou por estar em um processo de gripe em andamento.
Abusamos do ar condicionado nos últimos dias e isso a debilitou um pouco, e faltando alguns km para chegarmos em casa, suas energias precisam ser poupadas.
Daqui quase vejo a janela do meu apartamento... o que me deixa em silêncio.
Voltar sempre é complicado pra mim... enquanto muitos sentem alívio por estar em casa, eu me pergunto, por que voltar?