Chegamos na esquina do nosso projeto. Manizales é a cidade mais distante que iremos nesta aventura dos Vulcões Andinos, e a partir dela, faremos meia volta rumo ao Brasil... por sorte ainda temos cerca de um mês para isso, percorrendo algumas estradas diferentes, outras repetidas, passando por cidades conhecidas, e outras inéditas como Cali, nosso próximo destino.

Ao sairmos do hotel, foi infinitamente mais fácil deixar a cidade de Manizales, do que chegar nela... bastou seguir reto a rua do nosso hotel e bingo, já estávamos com o pé na estrada, quer dizer, as duas rodas.

Em um semáforo fechado, dois carros a nossa frente, vi uma moto com Baús da GIVI da linha Trekker, depois pelo escapamento reconheci a V-Strom 650 com um casal Colombiano montada nela.

Foi uma perseguição de uns 2 km, pois eles saíram bem na nossa frente, e até me desvencilhar dos carros lentos, eles já estavam bem distantes.

Rodando ladeira abaixo, só os alcancei quando por sorte eles entraram em um posto de gasolina e eu consegui parar bem atrás deles.

Nos apresentamos, conversamos um pouco, e como Jorge e Helena seguiriam pra Pereira, a próxima cidade em que nós passaríamos, ele se ofereceu a nos guiar até lá.

Foi uma descida alucinante dos 2.300 m de altitude de Manizales até os 1.100 de Pereira... curvas e mais curvas em uma estrada deliciosa com asfalto perfeito.
Até que pouco antes de nos separarmos, Jorge parou no acostamento e perguntou se queríamos seguir para um mirante com uma bela vista para fotos.
Como nosso trajeto era curto até Cali, não pensamos duas vezes em pararmos.

Passamos bons momentos com os novos amigos, jogando conversa fora, falando de viagens e diferenças entre o Brasil e a Colômbia, dos equipamentos GIVI que Jorge comprou diretamente na Itália por ser mais em conta e nos despedimos deixando-os convidados a se hospedar em casa quando forem ao Brasil.

Depois das fotos, seguimos mais um trecho juntos, até que nossas estradas se separaram e seguimos para Cali por uma rodovia de pista dupla, com um jardim no centro muito bem tratado por quase todo o caminho e muito bem sinalizada... em alguns momentos até parecia uma avenida de tão perfeita.

Fazia 32˚C quando chegamos suando em Cali.

Encontrar o hotel foi um inferno, tanto pelo calor forte com céu azul, como compreender o intrincado trânsito da cidade, onde as ruas e avenidas são chamadas por números, e continuam mesmo depois de quarteirões interrompendo o traçado da via.

Foi difícil, mas chegamos depois de 275 km.
Agora ficaremos um dia para trabalhar um pouco no hotel e depois seguir viagem... acho que não teremos tempo de conhecer a cidade... vamos ver.

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