DESBRAVANDO A PANAMERICANA NORTE

18º dia de viagem
Cidade: Trujillo/PE | Categoria: Diário do Piloto
Postado em: 18/8/2015
Diário de Motocicleta

Com a boa e velha névoa, típica dos meses de Agosto e Setembro na cidade de Lima, enfrentamos mais de uma hora os congestionamentos da capital Peruana até conseguirmos sair dos limites de 40 km da cidade.

Mesmos depois de acessar a Panamericana Norte – a partir de Lima ela não é mais SUR – o trânsito é intenso, com muitos semáforos, pontos de ônibus, caminhões e veículos locais... é um inferno que só melhora lá pelos 50 km rodados.
Para se ter uma ideia, depois de 1h tínhamos rodados apenas 14 km.
É um teste de paciência mesmo para aqueles que sofrem com os congestionamentos de São Paulo, Rio, Recife e BH – para mim os piores do Brasil.

Enfim... levemente estressado, não demorou muito para o sorriso voltar, pois o primeiro contato com a Cordilheira veio com a deliciosa subida de uma colina em pista dupla e deste ponto em diante, a Panamericana Norte serpenteou com curvas longas e abertas, permitindo entortar o cabo e deitar a moto quase próximo do seu limite.

Uma adrenalina indescritível.

Até a cidade de Primavera, cerca de 200 km ao Norte de Lima, eu já havia motocado em 2011, mas deste ponto em diante, tudo era novidade e veio em forma de mais curvas alucinantes.

Outra coisa muito interessante, foram as várias mudanças de cenário, ora desertos de areia com montanhas chegando perto da praia, ora campos e mais campos verdes de plantações de milho e batata.

Por vezes a pista duplicada da Panamericana Norte acabava, principalmente ao cruzar cidades pequenas, mas depois sempre voltava, pelo menos até Casma, após esta cidade, a pista vicinal seguiu por 190 km até Trujillo.

A viagem seguiu tranquila, e ao cruzar Chimbote, mais uma vez o trânsito local exigiu paciência e muita atenção... os motoristas Peruanos dirigem muito mal, buzinam para tudo e desconhecem pra que serve a seta.

Além disso, existem trechos em obras de duplicação da Pan Norte, o que causa lentidão e alguns bloqueios. Fique atento!
Acredito que por volta de 2018, 100% da estrada já esteja duplicada.

Me alertaram que a Polícia Caminera do Norte era corrupta, mas passamos tranquilos por cerca de 4 comandos sem sermos importunados.
Ao longo do caminho vimos várias viaturas transitando na pista e outras estacionadas em pontos cegos da pista... então fique esperto ao entortar o cabo.


Ao todo foram 575 km rodados em 7h30... amanhã seguimos para Máncora, nossa última cidade no Peru antes de ingressarmos no Equador.

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