CRUZANDO O ESTADO DE RONDÔNIA
Cidade: Vilhena/RO | Categoria: Diário do Piloto
Postado em: 19/9/2013
Nos últimos três dias estamos motocando na Rota para Cuzco, muito usada por amigos que seguem para o Peru e que não querem passar pela Bolívia.
Estamos no sentido contrário, mas quem se aventurar por estas bandas não passará sufoco. A estrada numa escala geral é muito boa e o tráfego é moderado de caminhões.
No dia 18/SET passamos por Porto Velho e iniciamos nossa descida para o Sul. Fizemos escala em Ariquemes de onde partimos por volta das 10h no dia 19/SET rumo à Vilhena, divisa entre Rondônia e Mato Grosso.
É raro honrar o compromisso de sair bem cedo, e o duro que não é preguiça não, pois levantamos no primeiro toque do despertador às 6h45, mas até responder e-mails pendentes, arrumar três baús, fazer várias viagens até o estacionamento para montar a moto... aff... cansa e tardia a partida.
Sempre subo na moto suado, mas com o roteiro em mente, e neste dia não tinha mistério, bastava pegar a BR-364 e rodar cerca de 500 km até Vilhena.
A estrada vicinal apresenta alguns trechos em obras (SET/2013) e inevitavelmente fecham uma das pistas e por três vezes ficamos parados esperando a liberação da nossa vez.
No restante a pista apresenta alguns remendos mal feitos, mas nada que tire o prazer de deitar nas curvas que se repetem sucessivamente.
Embora com caminhões, é possível tocar em um ritmo forte e seguro. Porém o que mais retarda a viagem é a passagem por cidades como Jaru, Ji-Paraná, Presidente Médici e Cacoal, a maior entre estas.
Surpreendeu-me o verde e as árvores à beira da estrada, formando longos corredores que amenizavam o calor, principalmente à tarde, que foram também refrescados por alguns pontos com garoa que rapidamente evaporavam no ar.
Antes de comemorarmos uma chegada seca, tomamos uma senhora chuva, coisa de 25 km antes de Vilhena, e como fazia muito calor, paramos apenas para guardar máquinas fotográficas sem ao menos nos preocuparmos em vestir capa de chuva... entramos debaixo da água e curtimos um pouco de frio, já que estava bem gelada.
Depois de rodar cerca de 520 km chegamos em Vilhena encharcados buscando o hotel por ruas completamente secas.