CARIBE BRASILEIRO

32º dia de viagem
Cidade: Rio Amazonas/PA | Categoria: Diário do Piloto
Postado em: 7/9/2013
Diário de Motocicleta

Juro que não tenho nada com o sumiço do “cabra” que bateu durante os últimos dias na minha porta às 6h30 da manhã avisando sobre o café da manhã, mas o fato é que hoje acordamos por volta das 9h de forma natural, não na base do susto.

Mais uma vez o Sol se fez presente e os planos de seguir até Alter do Chão era mais que certo.

Outras vidas

Aproveitei para tirar uma foto com o Jorge, um espanhol de 31 anos, dentista que deixou Madri depois de pedir demissão e partir rumo ao Peru em busca de novas oportunidades.

Conversamos bastante no dia anterior, falei da nossa aventura e ele sobre sua vida, que não sabia se queria continuar na área, mas que a vontade de não voltar mais à Espanha já era grande.

Quis saber o que ele fazia naquele barco, e ele me respondeu que pesquisando na internet um caminho para o Peru, viu a Amazônia e resolveu conhecer.

Em Santarém desceu sem destino certo, embora Manaus fizesse parte da escala antes de sair do Brasil.

Bora pro Caribe

Nos despedimos do Jorge, e enquanto ele aguardava sua bagagem no píer, eu e a Elda embarcávamos no taxi do Quincas que nos cobrou US$ 65,00 (R$150,00 na época) por uma corrida de ida e volta até Alter do Chão... coisa de 40 km do porto, e com a vantagem de nos esperar par voltar - tempo livre!

Chegando à Vila de Alter do Chão, atravessamos o pequeno braço de rio de barco à remo (US$ 1,75 a travessia por pessoa) e chegamos ao Caribe Brasileiro... não tanto pelas pessoas que lá frequentam, mas pelo lugar que realmente é lindo.

Uma prainha de areia branca com água cristalina e na temperatura ideal, atrai centenas de turistas mesmo numa tranquila sexta-feira de Setembro.

Achar uma mesa nas poucas barracas em funcionamento não foi fácil e o atendimento ficou muito a desejar... tanto para pedir, quanto para servir, há que se ter muita paciência... aquela coisinha que paulista não tem muito.

Pedimos um meio frango assado com arroz, baião de dois, vinagrete, farofa, cerveja e refrigerante e o tempo de espera foi de mais de 45 minutos.
Muitas mesas ao nosso redor já reclamavam da demora quando nosso prato chegou.

Acabamos comendo rápido e logo tivemos que partir, pois nosso barco partiria às 16h e eu precisava passar antes no banco.

Voltamos ao barco com a esperança de conseguir conexão, mas mesmo com um monte de sinais abertos não obtivemos sucesso na publicação dos artigos e fotos que estão se acumulando... somente em Manaus a vida voltará ao normal, por hora, é curtir o fim de tarde com mais um belo pôr-do-sol e conhecer novas figuras fantásticas.

Bora navegar para o próximo artigo, que ainda faltam dois dias de rio.

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