PRIMEIRO DIA E LÁ SE FORAM 720 KM
Cidade: Florianópolis/SC | Categoria: Diário do Piloto
Postado em: 3/12/2012
Depois de poucas horas de sono, levantei antes mesmo do celular tocar, e para minha surpresa, a Elda já estava de pé.
Podem se passar os anos e as estradas, mas a ansiedade de sair em viagem é a mesma de anos atrás. E outra coisa que não muda é o horário da saída que nunca conseguimos cumprir. Hoje, o plano era pegar estrada por volta das 8h30, mas compromissos de última hora nos colocaram na pista somente às 11h.
O trajeto foi suave e sem muita novidade, já que conhecíamos o caminho de outras viagens.
Seguimos a Padre Manoel da Nóbrega rumo Litoral Sul e subimos a Serra da Banana, que já comentamos aqui em outros artigos, está um tapete só.
Na BR-116, descemos em direção à Curitiba com um tempo parcialmente encoberto, mas com temperatura alta.
Os 50 km finais da BR-116 antes de entrar no Paraná, são a parte mais divertida desta estrada no quintal Paulista, e apenas um aperitivo para o trecho paranaense, que é repleto de curvas e com uma vegetação exuberante que formam um cenário incrível.
Chegando a região metropolitana de Curitiba, essa paisagem fica pra trás e os caminhões triplicam. Falando nisso, hoje eu tive a experiência mais aterrorizante da minha vida, quando um mega caminhão simplesmente deu a seta e entrou na minha frente.
Com o dedo na buzina e farol alto, fiz dos meus freios um ABS improvisado, bombando e soltando, enquanto reduzia as marchas, usando o freio do motor e todos os palavrões que meu pai me ensinou quando criança.
O motorista tirou o caminhão, depois voltou e tornou a desistir de entrar na minha frente... mas, a esta altura eu estava no meu terceiro mini ataque cardíaco e na quinta repetição do meu repertório de xingamentos.
Ele foi para o acostamento com o pisca alerta ligado, e escondido atrás dos vidros pretos me viu passando e fazendo gestos obscenos.
Minha adrenalina foi até às unhas e me ajudou a ficar mais alerta.
Pegamos a BR-101 rumo à Floripa e na serra uma neblina e uma chuva fina começou a cair. Foi uma pena, já que este trecho possui curvas feitas para deitar.
Ao todo fizemos duas paradas para abastecimento e um lanche e depois de chegarmos ao hotel e tomarmos um merecido banho, fomos resgatados pelo amigo Flávio que nos levou para um rápido tour pelo Norte da Ilha e depois para um delicioso jantar na sua casa, onde éramos aguardados por sua esposa Joice.
Nada mal para um primeiro dia de viagem, onde rodamos mais de 720 km e curtimos uma noite entre amigos.