50º DIA - CATARATAS DO IGUAÇU

50º dia de viagem
Cidade: Foz do Iguaçu/PR | Categoria: Diário do Piloto
Postado em: 18/9/2011
Diário de Motocicleta

Essa madrugada choveu muito, mas muito mesmo!
Fiquei preocupado com o nosso passeios nas Cataratas do Iguaçu. A chuva já nos atrapalhou no passeio das Ruinas Jesuíticas e as fotos da estrada entre Posadas e o Brasil... mais uma vez era demais!
Por conta deste temor, e com as roupas secando ainda penduradas pelo quarto, decidimos fazer o passeio de ônibus e não de moto.

Saímos da pousada por volta das 11h em direção ao Terminal de Ônibus – na quadra de cima – com o céu parcialmente encoberto, mas com uns pedacinhos de céu azul aparecendo.
Pegamos o ônibus Aeroporto/Parque Nacional por R$2,40 cada passagem e lá fomos nós.

A viagem é curta, coisa de 30 minutos você está desembarcando na porta do parque onde ficam as cataratas.

O ingresso custa R$24,30 por adulto brasileiro e inclui o ônibus que nos leva até o primeiro Mirante das Cataratas... são cerca de 12 km pela BR-469 que fica dentro do Parque Nacional Chico Mendes.

Antes de desembarcarmos, o ônibus faz uma parada na Trilha do Poço Preto para aqueles que preferem percorrer 9 km de caminhada ou bicicleta. O ponto alto do tour é o passeio de barco até Porto Canoa... bem perto da queda da Garganta do Diabo. O tour leva meio dia e não está incluído no ingresso pago na portaria.

Continuamos no ônibus até a próxima parada que foi no Macuco Safari... ali se pode fazer uma caminhada até as margens do Rio Paraná e pegar um barco que vai até as quedas do lado brasileiro... este também, um passeio a parte.

Finalmente quando chegamos no mirante a primeira coisa que pudemos notar foi o barulho das águas caindo... já a primeira visão foi incrível. É água que não acaba mais e uma paisagem, de encher os olhos.

O Brasil tem milhares de lugares lindos como este... motocar pela América Latina é demais, mas nosso país é fantástico.
Esse primeiro mirante na verdade inicia uma trilha de 1.200 m que vai margeando a mata, e o rio e a cada ponto as cataratas se mostram mais belas.

No início são pequenas gotículas e até uma certa neblina por conta da força das águas lá embaixo mas quando chegamos na passarela da Garganta do Diabo, ai não tem jeito.
O vento é muito forte e a “garoa” que cai é intensa.
Tentamos caminhar pela passarela, mas as pessoas que voltavam dela sem capa, vinham completamente molhadas... e não respingadas... imagine entrar no chuveiro de roupa?
É assim mesmo que se fica.

Compramos duas capas por R$7,00 cada uma, nos vestimos de zé gotinha (o capuz fica pontudo e todo de branco... é ridículo), improvisamos uma capa de saco plástico para a máquina fotográfica – a Cam não deu – e fomos fotografar, ou tentar.

O vento como disse é muito forte e as gotas de água são constantes e para cada foto é preciso parar, arrumar um pedaço da camiseta seca, enxugar a lente e tirar outra foto.

As fotos que tiramos com a retina são demais, coisa para sonhar e nunca mais esquecer.
Lindo e majestoso capricho da natureza... bem ali, na nossa frente.
O barulho é bem alto e se você chamar alguém, ninguém escuta... coisa de louco.
Depois de uns 15 minutos tomando água e vento, saímos da passarela e fomos em direção aos elevadores (no início da trilha há a informação que são 504 degraus, mas não fala do elevador existente) e de lá o visual é incrível... bem colado na parede da queda da Garganta do Diabo, a água passa com uma força absurda bem do seu lado... uma sensação indescritível de medo e euforia.

E tome mais água.

Neste ponto, passado uma hora do início da caminhada e fotos, subimos o elevador e fomos até a praça de alimentação.

Lá existem três opções, uma lanchonete fast food com combos (caríssima – um x-burger com coca-cola e batatas fritas, ambas pequenas sai por R$16), um restaurante à la carte e uma rotisseria com salgados e lanches naturais... fomos neste e recomendamos o restaurante.
O sanduíche (bagete) e o salgado ( ambos de frango ) que pedimos estava contraditoriamente o contrário das nossas calças jeans... mais seco que o deserto de Atacama que por mais que colocássemos maionese não descia... e o lugar ainda não vende cerveja (ainda mais nas margens de uma Estrada Federal – lei é lei).

Pegamos nosso ônibus de volta para a portaria do parque já eram umas 15h20. Na porta onde descemos pegamos o ônibus de volta e terminamos o nosso passeio lá pelas 16h quando chegamos novamente na Pousada.

Amanhã seguiríamos para Campo Mourão, mas essas quedas me inspiraram e quero mostrar um lugarzinho ajeitado para Elda.

Continue com a gente nesta reta final!

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