MIDNIGHT 950 VRS. BOULEVARD M800

Revisado em: 03/03/2018 | Categoria: Avaliações
Diário de Motocicleta

O desafio do segundo Teste Drive Casarão foi confrontar duas máquinas de peso da linha custom, existentes hoje no mercado.

Colocamos a Yamaha MidNight 950 e a Suzuki Boulevard M800 na estrada para comparar seus desempenhos, e como sempre começamos com uma passada no Posto para calibrar os pneus e encher os tanques.

Aqui a MidNight abra uma vantagem já no quesito capacidade que lhe confere 17 L contra os 15,5 L da Boulevard, que se recupera um pouco por oferecer a 6 marcha, uma a mais que a concorrente.

O sistema de transmissão coloca correia versus carda e discos de freios contra tambor na roda traseira da Midnight e Boulevard respectivamente.

Motocas abastecidas e calibradas partimos para pista com destino à Paranapiacaba/SP – local onde realizaremos o 3° Moto Passeio da Casarão em comemoração aos seus 25 Anos.

Inicialmente fui pilotando a MidNight, e o primeiro trecho urbano, não apresentou muita dificuldade, apenas o desconforto dos buracos e remendos das ruas de Santos, que fizeram a moto pular muito. A suspensão me pareceu muito mole e qualquer caroço na pista faz com que a MidNight se transforme em um cavalo arisco.

Outro aspecto que me chamou a atenção foi o guidon muito aberto, deixando os braços distantes um do outro, o que causa certo receio ao trafegar em corredores, a impressão é que a qualquer momento seus dedos vão parar em um retrovisor.

Esse guidom aberto, somado a um pneu 130 na frente tornam as curvas mais pesadas, principalmente na cidade.
Demorei um pouco para me acostumar com a plataforma e troca de marchas, já que as mesmas podem ser passadas com a ponta da bota ou com o calcanhar.
Como tenho 1,80m de altura, a posição na moto me lembrou a Shadow 750cc, onde a ciclística é bem semelhante e as pernas ficam dobradas quase que em um ângulo reto... parece que você está sentado em uma poltrona.

O torque da MidNight é de no máximo 7,83 kgf.m contra 7,04 kgf.m da Boulevard, uma diferença muito pequena se compararmos a diferença de cilindrada.

Um detalhe que dá a Boulevard uma estrela a mais é quanto ao painel, já que a MidNight o possui sobre o tanque, é preciso tirar os olhos da estrada para conferir velocidade e outras informações, enquanto que na Boulevard, o painel está bem a sua frente, no meio do guidon e basta baixar um pouco os olhos para ter todas as informações necessárias.

Rodamos cerca de 164 km entre ida e volta, o que possibilitou uma boa avaliação sobre aceleração, retomadas e frenagens. Na minha opinião, as duas estão empatadas.

No trajeto de volta, pegamos uma forte serração e congestionamento de caminhões na Via Anchieta, o que nos colocou nos corredores (não faça isso em casa).

Retornando com a Boulevard, a primeira diferença sentida foi na postura sobre a moto, que oferece uma posição mais agressiva, de ataque, e com guidon mais fechado, uma sensação de maior controle nas curvas.

Embora seu freio traseiro seja a tambor, fato muito criticado por motociclistas, o mesmo segura bem a Boulevard, que combina com o disco na roda da frente.

O transito e a neblina fizeram da volta um passeio lento, ainda mais com comboio na parte da Serra.

Esse cenário fez com que a MidNight marcasse o consumo de 23 km/L contra 22 km/L da Boulevard.
Já no que se refere à diversão... as duas cumprem com louvor esta missão!


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