100.000 KM NA DUCATI MULTISTRADA - FINAL

Revisado em: 03/03/2018 | Categoria: Avaliações
Diário de Motocicleta

Aos 45 segundos do segundo tempo o rolamento da roda traseira estourou... estava na estrada rumo à Santa Catarina para apresentar palestras, quando por pouco não perdi o controle da moto.

Com a quebra, o sistema de ABS e o Controle de tração desligaram automaticamente e graças ao freio motor, leves toques no freio dianteiro e a Mão de Deus me colocaram com segurança no acostamento.

Com um pouco mais de sorte encontrei um excelente mecânico (Rudinho do Destino Duas Rodas em Tubarão/SC) que efetuou a troca do rolamento (paralelo) e me possibilitou voltar para casa com segurança, inclusive com o ABS e o Controle de Tração funcionando perfeitamente.

Será que valeu a pena?

Certamente muitos que acompanharam este Dossiê vão enaltecer os problemas e os custos de se manter a Multistrada, mas como piloto e proprietário eu garanto que valeu a pena cada metro percorrido e cada centavo investido.

Não sei dizer se a aquisição da Multistrada me deu mais apetite de estrada, ou se com um outro modelo/marca eu acabaria percorrendo os mesmos 100.000 km em dois anos, três meses e oito dias – acho que na verdade é uma combinação de prazer e confiança na moto, associada a evolução natural do meu trabalho.

Posso dizer que até aqui sou feliz neste casamento.
Conheci muita gente legal, vários países e costumes, mas principalmente, ampliei os meus sonhos, por que do alto se vê mais ao longe... e eu gostei do que eu vi!

Juntando a ciclística, tecnologia e aprimoramento nas minhas técnicas de pilotagem, posso afirmar que longas distâncias hoje em dia são mais tranquilas de se atravessar – e me refiro a passar 10, 12, 14h na estrada, cruzando distâncias curtas por estradas enroscadas na Cordilheira dos Andes, ou rasgando retas intermináveis pelos Chacos da vida.

Você pode até achar que essa facilidade veio da experiência de estrada acumulada, tá... até pode ser verdade, mas quando você estuda com os melhores, quando você trabalha com os melhores ou tem as melhores ferramentas nas mãos, a curva de crescimento é muito mais acentuada.

Quando você passa tanto tempo assim com a sua máquina – eu calculei algo como 1.200h, o que representa quase 3 meses em cima da moto todos os dias, o dia inteiro – você passa a conhecer bem a sua moto, os barulhos, o rendimento, o limite da pane seca e o vigor renovado quando ela sai da revisão.

Não gosto muito, mas até que ela fica bonitinha lavada!

Falando em revisão, na última (96.000 km) foi aberto novamente o cabeçote para verificação das válvulas e mais uma vez nenhum reparo ou substituição se fez necessário. O mesmo com os Discos de Embreagem que seguem como novos.

Antes que eu me esqueça, talvez para o espanto de alguns, eu não tenho seguro nesta moto, por dois motivos básicos:

1- É uma moto usada na estrada, não no trânsito, e moto montada pra viagem não é muito o alvo preferido - meus baús GIVI laterais são de 46L, corredor é pra poucos – além do que há um caso de roubo de Multistrada registrado, se eu não me engano... então sigo com fé;

2- O valor do seguro é uma violação. Mesmo com 44 anos, morando no Litoral, com garagem fechada o seguro fica entre R$ 6.000,00 e R$ 10.000,00 – para uma moto sem índice de roubo, isso é um assalto.

O futuro da motoca

Tenho por hábito vender as minhas motos quando ultrapassam a casa dos 100.000 km, e naturalmente estudo agora a possível substituição deste modelo por um novo, e, baseado no que eu vivi até aqui, não tenho motivos para mudar de marca.

Fiz as contas, e até hoje foram gastos pouco mais de R$ 23.000 para manter a Multistrada, e os próximos 100.000 km me custarão aproximadamente uns R$ 35.000,00 em manutenções.

Quem sabe daqui a 18 meses, a DUCATI Multistrada 1200 S Touring mais rodada do Brasil, e das três Américas, atingirá a marca de 200.000 km e se transformará na Multistrada mais rodada do mundo.

Será que eu vou entrar nesta vibe, por que máquina pra rodar ainda tem e as estradas virão... com certeza virão!

Se você curtiu essa série de relatos avaliando os 100.000 km da DUCATI Multistrada, deixe abaixo o seu “joinha” ou uma mensagem.

Nos vemos na estrada!

Confira a Parte 1, Parte 2, Parte 3 e Parte 4

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