SÉRIE DE CURSOS DE PILOTAGEM - PARTE 2 - DEFENSIVA COM TITE SIMÕES

Revisado em: 03/03/2018 | Categoria: Fica a Dica
Diário de Motocicleta

Eu tive o privilégio de participar do Curso Speed Master de Pilotagem Defensiva – Módulo Master, ministrado pelo amigo, piloto, e jornalista Tite Simões, no Autódromo ECPA em Piracicaba, interior de São Paulo.

O curso é dividido em duas partes, sendo que a primeira teórica, aborda em detalhes questões como equipamentos de segurança, frenagem, tipos de pneus e seu contato com o asfalto seco e molhado, além de um tópico muito interessante sobre postura na moto.

Tite observou cada modelo de moto e como o piloto se posiciona sobre ela, e uma coisa que me chamou muita atenção, pois acertou em cheio em um velho vício, é a posição dos pés na pedaleira.

Por ter pilotado através de alguns anos motos no estilo custom, com todo seu charme e pedaleiras avançadas adquiri o péssimo hábito de manter a planta do pé no meio da pedaleira, com a ponta dos pés sobre o pedal da embreagem e do freio traseiro.
O pior foi atentar que muitas e muitas vezes, essas pontas de pés apontam para baixo, posição comum para cerca de 98% dos motociclistas do mundo.

O risco deste vício e bater o pé em um olho de gato ou mesmo um insignificante buraco ao fazer uma curva, ocasião em que a moto deita e a distância entre o pé e o chão diminuem.

Se for só uma raspada, beleza, mas se for uma “topada”, esse choque pode se tornar uma alavanca onde certamente o pé quebrará no meio e facilmente o levará para o chão.

Tirando as motos custons, onde a posição do piloto não forma um “S”, nos demais modelos é preciso posicionar as pontas dos pés sobre a pedaleira; movimentar o pé para frear, e retornar para posição, movimentar para mudar a marcha, e retomar a posição original.
Além de oferecer segurança, esta posição gera um controle maior sobre a motocicleta que acaba sendo realmente abraçada com as pernas.

Depois de outras técnicas esmiuçadas veio a parte mais divertida... a hora de pilotar na pista.

Nunca havia colocado a motoca em um autódromo, tirando o de Misano na Itália para uma volta simbólica na ocasião do Word DUCATI Week 2014... mas agora é para entortar o cabo e deitar nas curvas.

Uma observação bem interessante do Tite é que os perigos de se correr em estradas, além da infração da lei, tem trazido cada vez mais motociclistas para os autódromos para os chamados Track Day, onde é possível aprimorar técnicas e desopilar o fígado e as tensões do dia-a-dia.

A partir desta segunda parte do curso, o Professor nos passou inúmeros exercícios de contra esterço, frenagem, condução da moto através de pressão nas pernas em baixa e alta velocidade, técnicas para deitar nas curvas, posicionamento correto do corpo, troca de marchas, retomadas e uma infinidade de dicas e observações que consumiram o dia inteiro e marcaram ao final dos treinos 100 km rodados na pista.

Os conhecimentos do amigo Tite, suas dicas preciosas e bom humor, transmitiu a todos do grupo técnicas que acabarão sedo usadas no dia-a-dia, e principalmente, a confiança na máquina e a responsabilidade na condução, o que é fundamental, pois não existe segurança para gente folgada e abusada.

Para informações sobre novas turmas e valores, acesse o site www.speedmaster.com.br.

Vale muito a pena!

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